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Festival Modus:

atingindo o que nunca foi o alvo

Por Rebecca Loureiro

Além dos holofotes

Há quem pense que o entretenimento em Maceió é algo restrito, que se resume sempre às mesmas bandas, às mesmas músicas e aos mesmos festivais, ou ao mesmo comércio e ao mesmo público hiperfocado em consumos temporários, genéricos e comerciais. De alguns anos pra cá, é cada vez mais comum observar o surgimento de eventos alternativos e nichados, considerados fora de curva ao que habitualmente é visto nas agendas maceioenses. O Festival Modus é um exemplo que se encaixa nesses parâmetros.

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Espaço de comercialização e convivência no evento (Foto: Rebecca Loureiro)

Com a sua primeira edição registrada no ano de 2022, o Festival Modus, que ganhou seu nome exclusivamente pelo fato de dar espaço a diferentes tipos de produções artísticas – a diferentes “modus” de produzir, vem consolidando nesse tempo em atividade um público fiel, que busca explorar a arte não-convencional que a cidade de Maceió tem a oferecer. Regado de muito comércio autônomo, obras de artistas independentes e muita música fora do eixo popular que estamos acostumados a ouvir nas rádios, o Modus realizou sua última edição no dia 23 de setembro, no Núcleo Cultural da Zona Sul, localizado no bairro do Vergel.

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Fazendo jus ao nome que recebeu, o festival contou com inúmeros lojistas e artistas, comercializando diferentes tipos de produtos, como roupas, miçangas e artes plásticas. É importante ressaltar que o evento também foi embalado por uma trilha sonora exclusivamente local, encarregada por Katty Winne, Poço, Victor e Lésbicas, Poética Guerrilha e LIMAO THE SOUND.

A arte independente da capital alagoana

O Modus vem acontecendo desde 2022; sem nenhum incentivo do Poder Público, sendo sustentado por seus próprios contribuintes.

Conforme destacou Lívia Maria, designer e ilustradora, que participa de eventos de exposição como o Modus desde 2018 – levando sempre seus trabalhos em aquarela –, o evento só acontece graças ao apoio do público.

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Lívia comentou ainda que esteve sempre fortalecendo movimentos sem investimento do governo, que dependem exclusivamente de seus participantes, e já garantiu seu espaço nas próximas agendas culturais.

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“Participo de muitos eventos independentes, que precisam de nós para serem fortalecidos”.

Lívia Maria

Exposição de Lívia Maria (Foto: Rebecca Loureiro).

Vitória, também artista autônoma, conta que o Modus não é o primeiro evento que ela participa onde pôde expor o seu trabalho, confeccionando diferentes tipos de acessórios. Ela entende que o tipo de festival se destaca pela maior acessibilidade referente ao seu preço de entrada, iniciado em dez reais, e pela quantidade de conteúdos diversificados que pode oferecer ao público.

 “Esse evento não demanda muito valor para participar e dá espaço para muitas pessoas integrarem”.

Vitória Coutinho

Exposição de Vitória Coutinho (Foto: Rebecca Loureiro).

Letícia Souza estava no evento comercializando seus quadros e camisas personalizadas, que começaram a ser feitos na época da pandemia como um hobby. A artista levantou o fato do Modus acontecer em uma região pouco lembrada em Maceió, o que faz com que mais pessoas, que antes viviam isoladas dos centros culturais da cidade, possam ter acesso a diferentes tipos de consumo artístico.

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 “Essa é uma tecla que eu bato faz muito tempo, o Modus é um dos únicos eventos que eu vi, que não é, por exemplo, no Jaraguá, ou em um local muito fechado, difícil de atingir o pessoal da Zona Sul”.

Letícia Souza

Exposição de Letícia Souza (Foto: Rebecca Loureiro).

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Produto editorial desenvolvido na disciplina Oficina de Edição de Mídia Impressa e Digital. 

Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas.

Campus A. C. Simões.

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Maceió (AL), setembro de 2023.

Jornalista responsável: Vitor Braga (MTE 1009 AL).

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