top of page
Arquivo TATU.jpg

Agência Tatu:

Referência Alagoana no Jornalismo de Dados

Por Maik Paranhos

Um dos maiores desafios dos estudantes universitários é escolher o rumo que darão à carreira após a conclusão do curso. Idealizada por três estudantes, a Agência Tatu surge nesse contexto. Pensada inicialmente como um Trabalho de Conclusão de Curso, a agência saiu do papel em abril de 2017 com o objetivo de contar histórias usando dados, sendo pioneira no Nordeste a explorar esse nicho.

Como todo novo empreendimento, a agência precisou enfrentar diversos desafios: como se manter ativa e buscar consolidação no mercado jornalístico; como lidar com demandas administrativas que não faziam parte da rotina dos idealizadores; e a insegurança deles em tentar algo novo no mercado jornalístico local. Mas o principal desafio era a falta de recursos financeiros para fazer o negócio decolar, considerando ser  um modelo de negócio inovador dentro da economia criativa e do jornalismo alagoano.

Equipe da Agência Tatu reunida em um dia de expediente presencial (Reprodução: Facebook Agência Tatu)

A principal alternativa encontrada para driblar esta dificuldade foi a de concorrer a prêmios e a editais, a fim de reverter os recursos para custear aquilo que se mostrava como um sonho promissor. Com muito esforço e trabalho duro, a agência foi bastante premiada ainda em seu início, conseguindo caminhar e se solidificar.

​

Ainda no seu primeiro ano de funcionamento a Tatu conseguiu seu primeiro grande contrato, na qual, através de uma parceria com a TV Pajuçara e o TNH1, cobriu as famigeradas eleições de 2018, fazendo um excelente trabalho jornalístico através da coleta de dados sobre as intenções de votos dos alagoanos, dentre outros aspectos que compõem uma eleição.

“Nós começamos a fazer jornalismo de dados em Alagoas porque era uma coisa que a gente sentia falta, né? A gente via um jornalismo que era só declaratório, onde a assessoria passa e você vai lá e reproduz. O jornalismo de dados permite que você consiga acessar informações que você não teria acesso sem ele"

 Lucas Maia

Lucas Maia Tatu-Arquivo TATU.jpg

A consolidação e o novo normal

Lucas Maia, diretor de visualização e um dos sócios da Tatu (Foto: Maik Paranhos)

Em 2019, já com algum prestígio no mercado jornalístico, a agência consegue deixar de ser apenas digital e passa a ter seu espaço físico em um lugar privilegiado de Maceió, onde funciona até hoje. Outras pessoas passaram a integrar a equipe, que atualmente é formada por 8 pessoas: Lucas Thaynan, Lucas Maia e Graziela França, que ocupam os cargos de diretor de visualização, diretor de tecnologia e diretora de conteúdo, respectivamente; Karina Dantas, jornalista; Thiago Aquino, repórter de checagem de fatos; Edson Borges, designer, e os estagiários Mychele Maia e Gabriel Milleno.

Um grande diferencial da agência é a flexibilidade nos horários e demandas dos integrantes da equipe, que antes da pandemia funcionava de maneira híbrida. Com a chegada do tão falado “novo normal”, viu uma oportunidade de abraçar de vez o trabalho híbrido.

Mychele Maia Tatu-Arquivo TATU.jpg

 “Uma das coisas que a gente identificou foi que não era produtivo vir todos os dias. Que se as pessoas se sentissem mais confortáveis tendo tempo para resolver suas coisas, podia garantir a produtividade. Hoje a gente funciona presencialmente de segunda a quarta, e nas quintas e sextas funcionamos de maneira remota”, afirmou Maia.

 Lucas Maia

Mychele Maia, estagiária de redes sociais na Agência Tatu (Foto: Maik Paranhos)

Uma agência parceira da tecnologia

A Tatu funciona predominantemente de maneira digital, através de seus canais nas mídias sociais. Além do site, a agência utiliza o Instagram, o Tik Tok, o LinkedIn e o Facebook para divulgar as suas reportagens, explorando ao máximo os recursos oferecidos por estas plataformas a fim de que a informação chegue ao público. Maia afirmou que isso se dá principalmente porque atualmente o público alvo da agência são estudantes universitários e pessoas da área acadêmica, sobretudo da área do jornalismo.

​

Existe também um interesse na expansão da audiência para que o conteúdo chegue para mais pessoas. Para isso, a agência vem estudando e trabalhando para ver o que funciona por meio de novos métodos de divulgação de notícias, para mais uma vez furar a bolha.

Desafios financeiros

Apesar de já estar há 6 anos no mercado e de confiar na rentabilidade do negócio, Maia destaca a importância de acreditar no potencial do empreendimento: “se eu quisesse só ganhar dinheiro eu abriria uma padaria(risos).”.  Maia destacou a importância do planejamento financeiro mensal e mantém sempre uma reserva monetária no caixa da Agência.

​

A agência segue participando de editais para garantir uma maior segurança de capital, sendo alguns desses locais, principalmente para empresas de iniciativa privada. Porém, em sua maioria editais internacionais, que costumam trazer melhores contratos e menos burocracia. Atualmente a Tatu é acelerada pelas empresas Google e Meta, porém existe uma dedicação diária para que não haja acomodação, porque empreender segue sendo um risco contínuo.

​

Sobre os incentivos e meios de financiamento para startups na área do jornalismo, Maia destaca: “Existem várias maneiras de financiar o jornalismo. Eu acho que cada iniciativa precisa procurar os seus caminhos e perceber o que funciona melhor para cada caso.”.

​

A Agência Tatu de jornalismo de dados fica localizada na sala 2 do I9 Colab, R. Elias Ramos de Araújo, 30A, no bairro de Cruz das Almas.

FORMA_Prancheta branca.png

Produto editorial desenvolvido na disciplina Oficina de Edição de Mídia Impressa e Digital. 

Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas.

Campus A. C. Simões.

​

Maceió (AL), setembro de 2023.

Jornalista responsável: Vitor Braga (MTE 1009 AL).

©2023 por Ufal. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page